Exú Caveira

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira, de altura respeitável, vestida de preto e trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: a foice, o tridente, a espada, o gládio, elmo e escudo, depende a ocasião ele pode aparecer com a cabeça coberta, mostrando a caveira, ou não, pode-se identificá-lo pelas mãos que parecem grandes garras devido ao tamanho das unhas e dedos que assumem forma de garra pela aparente ausência de tecido. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas, ponteiros e pemba vermelha e ou branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto ele está trabalhando com magia negra, quando usa 9 velas pretas geralmente é Vodu.

É sincretizado com a divindade pagã conhecida, em sânscrito, por Sergulath, e sua falange, pela ordem: Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon, perfazendo um total de nove, número este o preferido de Exu Caveira e por ele utilizado na magia. Também podemos encontrar outros sincretismos de Exu Caveira através dos cultos e épocas. Do sincretismo com a divindade pagã é que vem a estatueta ‘demoníaca’ de Exu Caveira encontrada em casas de artigos religiosos, acredito que pode ele realmente assumir esta forma digamos assim ‘horrenda’ ou até mesmo mais assustador para trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno).

Desde que se propôs, juntamente com outros Exus, a trabalhar em conjunto com a Umbanda, exatamente na época de sua divulgação em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, no início do século passado, é cada vez mais raro ver este Exu, incorporado fora de Terreiros que saravem às 7 Linhas da Umbanda e 7 Linhas da Quimbanda equilibradamente e na pratica da caridade porém, mesmo que mais raramente, ele continua presente em atividade também em diversos cultos com maior destaque para a Santeria, o Vodu, as Macumbas, o Candomblé e Batuques, cultos aonde tem sempre aparelhos disponíveis para incorporação caso seja invocado.

Exú Tranca Ruas

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Na UMBANDA, Exu Tranca Ruas não é considerado como um guardião, mas como uma entidade em evolução que busca, através da caridade, a evolução de si mesmo. Nao é uma peculiaridade só dos Exus, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Não existe espírito evoluído,como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio e Absoluto, “DEUS”.

A falange de TRANCA-RUAS é dividida em 7 sub-falanges. Cada sub-falange tem a direção de um Tranca-Ruas específico, como se fosse um batalhão - cada batalhão, um general.

1ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Almas;
2ª Falange comandada por Tranca-Ruas de Embaré;
3ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Ruas;
4ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Encruzilhadas;
5ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Porteiras;
6ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Luas;
7ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Giras;

Exú Veludo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pertence à Linha das Encruzilhadas.

É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas. Seu ponto de força é no lado direito da margem do rio em relação ao por do sol Um outro detalhe observado e que gostam (mas não fazem disso uma constante, talvez devido o ambiente onde está o médium) é o de fazerem os seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exus Veludos caminham, dão a impressão de que estão amassando e/ou pisando sobre areia.

Recebe oferendas de trabalho na beira da água, tanto doce como salgada.Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade. Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor.Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes e fuma charutos de boa qualidade.

A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala mansa, calma, tranqüila, eram lembradas como: “tal pessoa é um veludo no falar”. Portanto, a onomatopéia da voz desse Exu se confunde com uma qualidade de voz aveludada.

Onde incorpora um Exu Veludo, fatalmente incorpora também o Exu dos Rios, possuindo ambos identidade e apresentação quase idênticas Apesar de ser “um veludo” no falar, é uma entidade muito forte. Protege por demais os seus médiuns, e exige muito deles para a manutenção dessa ligação médium/Exu Veludo.

Este Exu, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado). Usa um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Kimbanda de “veludo”. Dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos.

Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um. Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos,tigelas, agulhas, pembas e outros ingredientes. Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios.

Gosta de um bom whisky e grossos charutos.Alguns de seus caminhos são:
Exu Veludo da Meia Noite, Exu Veludo Cigano, Exu Veludo 7 Encruzilhadas,Exu Veludo Menino (Veludinho), Exu Veludo dos 7 Cruzeiros, Exu Veludo das Almas, Exu Veludo dos Infernos, Exu Veludo da Kalunga, Exu Veludo da Praia, Exu Veludo do Oriente, Exu Veludo Sigatana, Exu Veludo do Lixo.

Exú 7 Encruzilhadas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Esta entidade se apresenta como um homem de idade avançada, de pele escura, barba e olhos vermelhos, cor de brasa. Traz a metade do seu corpo (o lado esquerdo) queimado, sendo que sua perna esquerda não funciona bem, por isto é muito comum que se apóie em um bastão.

Prefere beber whisky de boa qualidade e fumar charutos grossos, sua voz é rouca, grave e forte. Quando está manifestado em algum médium, gosta também de farofa. Seu olhar é insustentável e quando se fixa em alguém, parece que o atravessa, sabendo seus segredos mais íntimos. As pessoas que o conhecem sentem certa autoridade nele e o respeitam.

Se desmancha em passagens que envia ao mundo para que transmitam suas mensagens através de seus cavalos (médiuns), sendo que isto acontece com todas as demais Entidades de Kimbanda. Sua vestimenta quase sempre é em tons vermelho e negro, com toques brancos e às vezes dourados (quando fora da Encruzilhada da Lira), prefere a capa e a cartola. Gosta de trabalhar com pouco público, em sessões que tenham força espiritual, onde os que nelas se encontram estejam concentrados ao máximo para dar o melhor de si. Não é importante a quantidade, e sim a qualidade e o resultado final da cerimônia.

Tem um caráter sério, amável e tranquilo, mas também pode ser enérgico e enojar-se quando há algo que ele não gosta. Tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana..."

Apesar do Exu Rei das 7 Encruzilhadas tenha sido posto em um lugar privilegiado por alguns autores (os que escreveram com muita subjetividade), ele mesmo afirma que não é o Rei absoluto da kimbanda, e sim que apenas é um dos principais.

É rígido e severo quanto a seguir as tradições e que os rituais se cumpram passo a passo como deve ser, mesmo que, como todo "exu" está aberto a mudanças, às movimentações e inovações, sempre e quando os mesmos sejam feitos pelos próprios Exus.

Natureza e incorporação de Exus - Parte 6

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O chamado “Exu Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exu com espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagãos” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.

Existem 7 hierarquias de 7 exus, denominados como Exu Coroados; São eles: Exu Sete Encruzilhada, Exu Veludo, Exu Tranca Rua, Exu Caveira, Exu Tiriri, Exu Marabô e Pomba Gira ou Pombo gira (Exu Feminino).

São Exus evoluídos e chamados de Exus Coroados, porque eles podem trabalhar nas linhas de espíritos evoluídos, como na linha de Caboclos.

Natureza e incorporação de Exus - Parte 5

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Doutrina Espírita os trata como espíritos imperfeitos, almas dos homens que, por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis provas, cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que praticaram em outras vidas.

Uma verdadeira casa de caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços prestados a quem procura ajuda em um Centro Espírita ou Centro de Umbanda.

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando à própria evolução.

Natureza e incorporação de Exus - Parte 4

domingo, 15 de agosto de 2010

Os Exus são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obsessores, são espíritos que se encontram desajustados perante a Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. Exu é neutro, não é bom nem mau, pode fazer o bem ou o mal, desde que a ele isso seja pedido e lhe seja dada em troca uma oferenda estabelecida (são interesseiros). Quando faz o mal, a responsabilidade recai sobre ele, Exu, e sobre quem lhe solicitou o mal. Como a prática do mal sempre lhe atrasa a evolução, acaba se voltando contra a pessoa que lhe solicitou a empreitada maléfica. Os Kiumbas, assim como o Diabo dos Católicos, são espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vingança, calcada no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Esse baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam essa faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que se sentem mais fortalecidos.
O verdadeiro Exu não faz mal a ninguém. Alguns Exus foram pessoas como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, pessoas comuns, padres etc., que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados. Outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.